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Juiz de Fora, Minas Gerais, Brazil
- Presidente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora - 1º Vice-Presidente da FECOMÉRCIO-MG - Conselheiro Efetivo do SENAC/MG e SENAC/NACIONAL - Conselheiro do COIND/MG - Bacharel em Direito - Bacharel em Administração de Empresas - Empresário do Comércio

domingo, 27 de junho de 2010

PALAVRA DO PRESIDENTE - JULHO

Há poucos dias o departamento de economia do Sindicomércio realizou uma pesquisa entrevistando 387 consumidores em que uma das perguntas foi: “Que melhoria o comércio do centro de Juiz de Fora deveria possuir?”. O resultado sinalizou as três maiores carências: “Maior área de Estacionamento 38,1%”, “Segurança 15,7%” e “Ampliação das calçadas 14,2%”.
Não entendo como não exista uma política de incentivos por parte do executivo municipal para motivar edificações de Edifícios Garagens e assim facilitar, e proporcionar a segurança aos consumidores ao estacionarem seus veículos. Como se falar que o centro de Juiz de Fora é o maior shopping a céu aberto, sem áreas de estacionamentos?
Um vereador certa vez me informou que existem dificuldades nas novas construções em função da lei do uso do solo na área central, após uma indagação sobre o referido assunto. Não era a resposta que gostaria de ouvir, afinal essa situação, além de preocupante, é completamente diferente de edificações de salas e apartamentos. Além do mais, a Câmara Municipal, através de seus legisladores, deveria entrar com projeto visando à alteração dessa lei para a viabilidade de construções especificas como é o caso de Edifícios Garagens.
Para exemplificar a situação, cito dois estacionamentos que encerraram suas atividades, recentemente: o primeiro, localizado na parte baixa da Rua Halfeld, e o segundo, na Rua Espírito Santo, próximo à Catedral. Somente esses dois estacionamentos tinham um movimento de mais de 700 veículos/dia em seu horário rotativo, sem contar os mensalistas. Para onde foram todos esses veículos?
Todo ano, cerca de 5.000 veículos novos entram no mercado e no trânsito de nossa cidade, quando apenas 400 saem de circulação, sendo que as ruas são as mesmas e os estacionamentos - cada vez em menor número.
O pensamento de que é melhor desmotivar o cidadão a ir ao centro de carro com preços mais altos na área azul, rodízio de carros conforme o final da placa, melhoria do transporte coletivo, ou ainda implantação de mais radares, a meu ver, com exceção do terceiro, é remediar e por conseqüência postergar as atitudes que deveriam ser feitas.
Aproveitando a argumentação acima, não poderia deixar de fazer comentário sobre o transporte coletivo de cidades do porte de Juiz de Fora. Esses municípios oferecem outras opções aos passageiros com mais conforto e com preços condizentes a qualidade ofertada.
Retornando ao tema, afirmo que este é um importante desafio, pois um centro comercial sem áreas de estacionamento está fadado a definhar. Tornam-se necessárias atitudes urgentes. Ainda, a meu ver, é possível incentivar projetos, pois existem ainda terrenos no centro e no seu entorno que poderiam dar lugar a Edifícios Garagens abrigando milhares de veículos.
Existe incentivos por parte do município para a instalação de indústrias, o que é perfeitamente compreensível, pois Juiz de Fora é carente desse setor e precisa firmar sua vocação industrial, além da empregabilidade. Então, a fim de beneficiar o comércio e os consumidores, por que não criar condições favoráveis à construção desse tipo específico de edificação, com isenção por algum período do IPTU ou redução do ISSQN, por exemplo?
É sempre bom lembrar que o vereador, além de fiscalizar o executivo e legislar sobre interesse local, é, ao mesmo tempo, porta voz da população, do partido que representa e de movimentos organizados. Cabe ao parlamentar não só fazer política partidária, mas organizar e conscientizar a população. A realização de seminários, debates e audiências públicas são funções dos parlamentares que contribuem neste aspecto, pois funcionam como caixa de ressonância dos interesses gerais.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

PALAVRA DO PRESIDENTE - JUNHO

Dirijo-me ao caro leitor deste editorial para fazermos uma reflexão sobre o desenvolvimento econômico de nossa Juiz de Fora.
Para que haja desenvolvimento, é necessário que os setores da economia – primário, secundário e terciário estejam em harmonia no tocante ao crescimento. Não adianta um setor crescer e os demais não serem alavancados concomitantemente.
O comércio de nossa cidade é, de fato, como em tantas outras, o grande gerador de empregos, como também o maior arrecadador de tributos do município. Afinal, Juiz de Fora conta com mais de 7.500 empresas no comércio do atacado, varejo e serviços, empregando mais de 26.000 colaboradores e representando 57,8% do PIB. Além disso, a cidade ocupa a segunda posição de Minas Gerais em número de estabelecimentos comerciais em atividade.
Contudo, esse fator traz desequilíbrio ao desenvolvimento sócio econômico do município, pois coloca um setor da economia com maior responsabilidade do desenvolvimento de empregabilidade e renda.
Como outros setores da economia do município não acompanham esse crescimento, causa de certa forma uma concentração de empreendimentos e saturação no mercado do comércio.
Pelas poucas opções de outros setores, torna-se cada vez mais frequente o êxodo de colaboradores qualificados e formados em nossa cidade. Ao mesmo tempo, cidades próximas como Ubá, São João Nepomuceno e Três Rios, que focam seu desenvolvimento na área industrial, contribuem na promoção de Juiz de Fora, que dispõe de um grande e sólido universo de empresas comerciais, instituições de ensino, gastronomia, hotéis e área de saúde, reconhecendo-a como grande centro do varejo e serviços de toda essa região.
Para formar um comércio com as características acima, pulverizado e diversificado, demora-se muito tempo, enquanto que para implantar indústrias numa cidade este tempo é extremamente reduzido. Por isso não estamos sofrendo, ainda, o impacto tão evidente desse desequilíbrio dos setores em nosso município.
Contudo, não devemos nos enganar. Estamos diante de um suspiro momentâneo e com tempo de validade. O comércio do varejo e de serviços, aliados aos setores de ensino saúde, hotelaria e gastronomia dessas cidades, terão, gradativamente, a organização e desenvolvimento condizentes aos padrões daqueles municípios que se desenvolveram com maior foco nas instalações das indústrias.
É importante que saibamos que, infelizmente, não só o empreendedorismo é capaz de fazer a diferença para o desenvolvimento de uma cidade ou região, mas também as ações transformadas em atitudes dos bons políticos, comprometidos com a causa da viabilidade socioeconômica de Juiz de Fora e da região da mata.
Então, concluímos que precisamos de representantes com conhecimentos “de uma administração estratégica”, eleitos por nós que amamos esta cidade, atentos a um planejamento sério, a fim de incentivar mais indústrias que, naturalmente, possuam responsabilidade ambiental para se instalarem na principal cidade da região.
O dever e a responsabilidade da sociedade juizforana com as futuras gerações são de escolher bem esses representantes, fiscalizar e exigir os resultados dos compromissos firmados.