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Juiz de Fora, Minas Gerais, Brazil
- Presidente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora - 1º Vice-Presidente da FECOMÉRCIO-MG - Conselheiro Efetivo do SENAC/MG e SENAC/NACIONAL - Conselheiro do COIND/MG - Bacharel em Direito - Bacharel em Administração de Empresas - Empresário do Comércio

domingo, 22 de julho de 2012

PALAVRA DO PRESIDENTE JULHO/AGOSTO

TRÂNSITO DE JUIZ DE FORA - UM DESAFIO DE SEMPRE

              Juiz de Fora, assim como a maioria das médias e grandes cidades, passa por desafios relacionados ao trânsito. Quero retornar ao tema que abordei em 2010, no informativo dessa entidade de alta relevância para o futuro de nosso município. Naquele ano, fizemos uma pesquisa com 387 consumidores para sabermos as principais carências que os mesmos possuíam quando vinham ao centro da cidade. Dos entrevistados; 38,1% apontaram "áreas de estacionamento"; 15,7% "segurança" e 14,2% "ampliação das calçadas". A pesquisa sinalizou, entre outros pontos, que construções de Edifícios Garagens Rotativos eram necessárias. As construções desse tipo, no triângulo compreendido entre as avenidas Rio Branco, Independência e Getúlio Vargas - atualmente é vetada pela Lei de Uso e Ocupação do Solo (Lei nº 7.726/1990). Pois bem, o que aconteceu nesses dois anos? Crescimento da frota de veículos, motocicletas e aumento considerável do número de ônibus, devido a abertura de novas linhas.

            As grandes e médias cidades que não estão investindo no fomento e incentivos à construção de Edifícios Garagens, no centro comercial ou em seu entorno, estão propícias a enfrentar sérios problemas. Algumas cidades, através de seus representantes, preferem focar apenas em medidas paliativas e de grande responsabilidade futura, como o incentivo à população, por meio de campanhas, a vir ao centro da cidade de ônibus, bicicleta, ou utilizando outro mecanismo, que não seja o carro; e a criação de normas para que veículos só possam transitar nos dias de semana conforme, por exemplo, o final de sua placa. Esses representantes esquecem que uma das prioridades do brasileiro, e isso creio com poucas possibilidades de mudanças, tão logo sua renda aumente, é comprar o tão sonhado automóvel. Que essas campanhas, apesar de importantes, tem seu efeito alcançado em longo prazo. Infelizmente, não percebem a distorção existente entre aquilo que seria ideal, para o que realmente acontece. Contudo, outras cidades já visualizaram esse futuro e estão viabilizando o caminho para essas edificações.

            Todo ano são inseridos na frota de Juiz de Fora mais de 5.000 veículos novos. Somados aos já existentes, não escaparemos dos vários viadutos que terão que ser construídos para diminuir os grandes congestionamentos nas principais ruas da cidade. A cada dia que passa, o desafio fica mais difícil de ser vencido pelo governante de nossa cidade. Temos que aproveitar o fato de ainda existir um número considerável de áreas para estacionamentos no centro ou próximo a ele.  É necessário o incentivo, com determinadas isenções a esse tipo de construção, pois o que está acontecendo, hoje, é a "perda" dessas áreas para outras edificações mais rentáveis.

            Quanto à estratégia de mais pessoas utilizarem ônibus para ir e vir, é necessário haver planejamento para que a cidade possua, também, ônibus seletivos e/ou que os legisladores criem mais regras na legislação do município visando proporcionar mais conforto aos usuários dos mesmos. É fato que nossa cidade possui uma frota de ônibus nova e bem cuidada, sendo inclusive, um diferencial nacional. Entretanto, como nas demais cidades brasileiras, sem conforto. Com essas medidas, os usuários de veículos podem se motivar a vir ao centro de ônibus, mas isso não acarreta um aumento no valor da passagem? Se, simultaneamente, houvesse uma revisão nas "gratuidades", por força de lei municipal e naquelas denominadas de "costume", tenham certeza que as passagens não aumentaríam.

            Outro ponto diz respeito aos terminais, que precisam existir, justamente para evitar a vinda ao centro da cidade, dos ônibus, repetidas vezes. Entretanto, é preciso fazer o trajeto, "terminal a terminal", dando qualidade e atenção, não só à estrutura do mesmo, como também ao tempo que o usuário espera pelo ônibus. Outra questão, não menos importante, é o parquímetro, um sistema eletrônico para uso de estacionamento em área pública, que pode ser facilmente auditado e garante total integridade de informações e de receita, proporcionando agilidade ao usuário, caso não encontre, em tempo hábil, o atendente da área azul.
             Devemos ser inovadores e zelar pelo futuro das próximas gerações. Juiz de Fora merece que tenhamos atitudes para que a mesma continue sendo referência nos serviços, investimentos, qualidade de vida e, especialmente, no seu trânsito.